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Álcool para as crianças, uma atitude irresponsável

Data: 31/10/2016



Falar de dependência química em suas causas e efeitos é assunto complexo e profundo com tendência a simplificações.

A sociedade como um todo dá ênfase quase absoluta à maconha – e outras drogas ilícitas – como a grande vilã e causadora de males, haja vista, certa feita, as mensagens veiculadas via televisão, pela Parceria de Ação Contra as Drogas. Em quase todas as propagandas dessa série apareciam jovens com a vida comprometida pelo uso de maconha e, às vezes, cocaína. De fato, essa droga pode abrir a porta para outras drogas e constituir profunda dependência, degradação e comprometimento da vida individual, social e familiar. Entretanto, na maioria das vezes, nem sempre são estas as primeiras drogas a serem usadas.

José – nome fictício – paciente meu, antes de usar drogas ilícitas já fazia uso de bebida alcoólica com freqüência. “Tomei a primeira cerveja aos oito anos de idade, oferecida pelo meu pai que achava isso normal”.

Infelizmente este não é um caso isolado. O álcool é socialmente aceito e tem forte peso cultural. Pessoas habituadas a ingerir bebida alcoólica acabam por achar natural – e o que é mais trágico, engraçado – que crianças em tenra idade tomem um gole de cerveja, vinho ou caipirinha. Já ouvi relatos de pais que dão bebidas alcoólicas a filhos com menos de dois anos de idade. Presenciei pessoalmente uma avó dando cerveja para a neta de três anos num almoço em família e fiquei pasmo ao me contarem de um avô que eventualmente dava uma colher de chá de vinho à neta de três meses.

Dependência de álcool e/ou outras drogas decorre também, além de fatores ambientais, de uma predisposição – ou disfunção – orgânica. Um indivíduo ao nascer pode ter tendência para desenvolver a dependência de algum tipo de substância psicoativa e dar bebida alcoólica a criança pode ajudar na aceleração do processo.

Abordei este tema em uma palestra para funcionários de determinada empresa. Ao término um pai procurou-me e disse que tinha o costume de dar cerveja para seu filho de seis anos, alegando fazer isso por pena, pois o filho chorava pedindo para experimentar. O que seria melhor nessa situação? Satisfazer a vontade do filho ou mais tarde, quem sabe, estar o pai chorando por ter de internar o filho em algum lugar?

Estatisticamente, pelos diversos fatores – culturais e sociais – e pelo seu caráter lícito, o álcool é a droga que mais danos traz à sociedade – sozinho, o álcool prejudica mais do que a maconha e a cocaína juntas.

Está na hora de a sociedade tomar consciência de que o álcool também é pernicioso, sendo necessário que se faça a reflexão. Não se trata de levantar debate sobre a liberação ou proibição desta ou daquela substância psicoativa, mas entender que algumas pessoas – em torno de dez por cento da população, segundo a Organização Mundial da Saúde – possuem propensão para desenvolver a dependência química e que, poderemos ser não culpados, mas responsáveis, por futuros dependentes.



Adroaldo Bittencourt, psicólogo do CAPS e autor do livro Drogas: uso, abuso e prevenção.

Fonte: Portal Palotina


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