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Indústria de carnes espera este ano recuperar os “estragos” de 2016 |
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Data: 14/02/2017
O consumo de carne bovina deve registrar aumento em 2017, apesar do recuo na demanda interna sentido em 2016 com a perda do poder de compra do brasileiro. A economia do país no ano passado sofreu uma forte retração, com queda de mais de 3% do Produto Interno Bruto , desemprego recorde e restrição ao crédito.
No entanto, a previsão de melhora da economia brasileira, com aumento do PIB, juros mais baixos e inflação controlada, deve permitir um aumento de consumo.
A indústria faz questão de mencionar que as exportações de carne também foram afetadas negativamente em 2016 devido à valorização do Real frente ao Dólar e problemas políticos e econômicos em importantes países importadores do produto brasileiro, como Venezuela, Rússia e Egito.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, as exportações cresceram quase 1% em volume, porém tiveram queda de mais de 7% em faturamento.
Eichenberg ressalta que todos estes fatores contribuíram para que em 2016 o preço do boi gordo caísse em relação à 2015.
Um reflexo positivo das “sandices” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na política externa é o fato do México se mostrar mais favorável a abrir o mercado para importação de carne brasileira.
Em março, uma comitiva do governo federal terá reunião para negociar a questão.
Santa Catarina, mais uma vez, leva vantagem sobre outros estados em função de ser livre de febre aftosa sem vacinação, condição que já permitiu a entrada da carne suína catarinense em outros exigentes mercados, como o da Coreia do Sul.
Segundo Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira da Proteína Animal , as negociações com o México já duram dois anos.
O Brasil conseguiu entrar com a venda de aves no país por conta da gripe aviária nos Estados Unidos.
Agora, pelo novo contexto político, os mexicanos estão mais favoráveis a comprar carne bovina e suína.
O diretor presidente da Frimesa, Valter Vanzela, comenta que apesar das dificuldades enfrentadas em 2016 a industria sobreviveu e auxiliou o produtor.
Agora em 2017, segundo ele, a expectativa é mesmo de recuperação..
Fonte: Radio Difusora
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