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Governo anuncia corte no orçamento e admite aumentar impostos.

Data: 23/03/2017


Rombo orçamentário supera 58 bilhões de reais
Para cumprir a meta de déficit primário de 139 bilhões de reais neste ano, os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram ontem que o "super corte" no Orçamento federal de 2017 será de 58 bilhões 168 milhões de reais.

A necessidade de contingenciamento decorre de uma queda de 55 bilhões 340 milhões de reais na estimativa de receita primária total e de um aumento de 3 bilhões e 400 milhões de reais nas despesas previstas para este ano.

De acordo com nota divulgada pelo Governo Federal, somente as receitas administradas tiveram sua estimativa reduzida em 34 bilhões de reais e a previsão para a arrecadação previdenciária ficou 9 bilhões 373 milhões menor.

A redução orçamentária anunciada vai impactar também as administrações dos estados e municípios, principalmente no que diz respeito a distribuição de recursos para projetos ao longo do ano.

Com o anúncio de um rombo superior a 58 bilhões de reais no Orçamento de 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que é grande a possibilidade de haver aumento de impostos para cobrir parte do déficit orçamentário.

Ele deixou claro que a elevação de impostos poderá ser necessária porque, do contrário, o contingenciamento para tapar o buraco orçamentário seria excessivo para a União.

O ministro ressaltou que a ideia não é cobrir todo o déficit orçamentário com aumento de tributos, e sim parte com contingenciamento e parte com elevação de impostos.

União quer adiar efeito de decisão que exclui o ICMS da base de cálculo do PIS/Confis

Questionado sobre a dificuldade de se aprovar aumento de impostos neste momento, Henrique Meirelles disse que, se a conclusão for que isso não é viável, o contingenciamento será de todo o valor que sobrar após a revisão das receitas. Uma das questões que ainda está sendo discutida é se os tributos serão aumentados de forma provisória ou permanente.


Fonte: Radio Difusora


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