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Exame de endoscopia mata? Em Cascavel há indícios

Data: 07/08/2017




Após exame de endoscopia, no mesmo dia e na mesma clínica, duas pessoas morrem e uma fica com graves sequelas...

Maio de 2010. Duas pessoas morrem em Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina. Morrem no mesmo dia, no mesmo consultório. A data e o local não é o único fator em comum entre as vítimas: as duas tiveram parada cardiorrespiratória após um exame de endoscopia. Além delas, outras seis pessoas que fizeram a endoscopia foram internadas em hospitais da região, duas em estado grave.

Uma delas morreu 15 dias depois. Na época, o médico responsável pelo procedimento, Denis Conci Braga, foi autuado por homicídio culposo, pagou fiança de R$2,5 mil e respondeu o processo em liberdade. Em abril deste ano Denis foi enfim condenado a uma pena de 2 anos, 5 meses e 10 dias, em regime semiaberto, que serão convertidos em serviços comunitários e pagamento de 10 salários mínimos para familiares das vítimas. Até hoje o médico não teve seu CRM cassado.

Fevereiro de 2017, dia 8. Três mulheres têm complicações durante um exame de endoscopia na Gastroclínica de Cascavel. Elas são hospitalizadas. Duas morrem. Uma fica com sérias sequelas. Na clínica um dos familiares escuta a justificativa:

“poderia ter acontecido na cadeira de um dentista. A culpa não é nossa”.

A clínica lava as mãos (conforme familiares). Nem justiça, nem CRM (Conselho Regional de Medicina) são acionados. Seis meses depois, ninguém foi responsabilizado e as famílias não sabem o que de fato aconteceu.

“Minha mãe voltou para casa no dia 9 de março, depois de ficar 20 dias na UTI e 9 dias no quarto. Minha vida mudou. Fico o dia todo em casa cuidando dela. Dou banho, acompanho durante as sessões de fisioterapia, de fonoaudiologia. Ela saiu de casa andando para fazer o exame”, relatou o filho da sobrevivente, que pediu para não ter seu nome divulgado.

Antes de sua mãe ter uma parada cardiorrespiratória que resultou em uma encefalopatia isquêmica (durante o exame de diagnóstico), o homem trabalhava como representante. Ele precisou abandonar o emprego para cuidar da mãe. Além disso, a família tem tido altas despesas com o tratamento da mulher. “Ela levou de 10 a 12 minutos para voltar da parada cardiorrespiratória. Meu pai estava lá com ela. Chegaram e avisaram que havia tido um problema e acionaram o hospital. Levaram ela para o São Lucas. Foi uma lesão cerebral muito grande, não tem muito o que fazer”, lamentou o filho. A mulher tem 65 anos e é aposentada com 47 anos de carreira como professora.


“Não foi apenas com a minha mãe. Outras duas mulheres tiveram problema no mesmo dia. As outras duas morreram e ninguém sabe o motivo. A gente acha que tem relação com a anestesia”, afirmou.

Nossa redação chegou a conseguir contato com os familiares de uma segunda vítima. Marcamos a entrevista para a manhã de sábado (5). No entanto, nossas ligações não foram atendidas.

Pode ser que não seja o caso, mas é interessante lembrar que na ocorrência em Joaçaba, citado no início deste texto, foi concluído que a causa das mortes estava relacionada justamente à sedação. Denis teria utilizado uma solução aquosa de lidocaína, em concentração totalmente inadequada. Vale destacar que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe, em todo país, a forma líquida e de solução oral para uso interno do medicamento lidocaína.

O que diz a clínica

De acordo com conteúdo publicado no site da Gastroclínica de Cascavel, endoscopia é um “procedimento utilizado para examinar o trato digestivo superior utilizando uma câmera de vídeo especial, acoplada na extremidade de um tubo fino e flexível (endoscópio). O médico especializado nas doenças do aparelho digestivo e em endoscopia utiliza este procedimento para diagnosticar e algumas vezes tratar condições que afetam o esôfago, estômago e o início do intestino delgado (duodeno)”. Ainda de acordo com o texto, na Gastroclínica Cascavel a endoscopia é realizada com sedação endovenosa e acompanhada por médico anestesiologista. Em outro material publicado em abril de 2016, desta vez em vídeo, o anestesiologista Hilton Luiz Cheratzki explica que a medicação utilizada para a sedação é “de alta confiabilidade, reconhecida mundialmente como uma das mais seguras”.

Se Hilton ainda faz parte do corpo clínico da Gastroclínica, não sabemos, o fato é que ele não consta na relação de profissionais no site da clínica. Nenhum outro anestesiologista consta nesta lista. Os familiares não souberam informar se um anestesiologista acompanhou o procedimento.

Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a clínica através de sua assessoria de imprensa. De acordo com a assessora “encaminhamentos conclusivos mostraram ausência de culpabilidade da clínica. Além disso, a prerrogativa do sigilo médico resguarda a privacidade dos pacientes”. Questionamos que encaminhamentos eram esses e de quem partiram, ela respondeu: “equipe médica”, mas negou-se a explicar se era a equipe médica da própria clínica ou não. “O que temos a lhe responder sobre o assunto é isso, nada além disso”, exclamou!

Desdobramentos

De acordo com o Conselho Regional de Medicina, em consulta à corregedoria, nenhuma denúncia associada aos nomes dos pacientes, médicos ou clínica foi localizada. “Prudente que tenhamos mais informações antes de qualquer manifestação oficial por parte do Conselho”, afirmou o CRM-PR através de sua assessoria de imprensa. De acordo com a Lei 3268/57, que criou os Conselhos, são previstas cinco formas de punição ao médico que comete irregularidades: advertência confidencial em aviso reservado; censura confidencial em aviso reservado; censura pública em publicação oficial; suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias e; cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal.

Com relação a processos ético-profissionais no Paraná, em 2016 foram abertas 640 sindicâncias e 142 novos processos. Foram julgados no ano passado 213 processos, sendo que através destes 38 profissionais foram punidos (31 com censura pública, 6 com suspensão do exercício profissional e um com cassação).

A família que conversou com nossa equipe de reportagem assegurou que pretende recorrer judicialmente sobre o caso.


Fonte: Radio Difusora


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