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Natal sem dinheiro e sem cartão - 20/12/2016
Postada por Adelar Osmar Borth
Natal sem dinheiro e sem cartão O Natal de tanta gente será pobre, sem grandes festas e presentes. Não importa, essa festa não depende de tudo aquilo em que se transformou. A necessidade até pode salvar o verdadeiro Natal. Porque o Deus-Menino se fez pobre para lembrar o real valor. Nasceu numa manjedoura, sem conforto e sofisticação, para o mundo saber que o verdadeiro tesouro está onde está o coração. Se o Natal dependesse de festas e presentes, a própria família do menino Jesus estaria descontente naquela noite em Belém. Nove meses antes, a desprovida Maria já dissera que o seu espírito se alegrava em Deus, o seu Salvador. Quando nasceu o prometido, os humildes pastores ouviram dos anjos que a exultação seria para todas as pessoas. Era gente que vivia nos campos, sem frisante, perú e guloseimas, mas que festejaram com júbilo porque tinham, do céu, uma mesa farta. A alegria do Natal só existe no coração faminto. Bem-aventurados os pobres de espírito, anunciou o Cristo já crescido. Bem-aventurados, felizes os que tem fome porque serão saciados, lembrou o Redentor de pobres e ricos. Por isso, tantas vezes, somos mal-aventurados, infelizes. Sobretudo no Natal. Cheios de tantas coisas, mas vazios do mais importante. Acumulados de tralhas e com a vida insuportável. Cansados de nós mesmos, o Natal nos entope com compras e presentes, e transforma-se na época mais infeliz do ano – apesar dos votos (in)sinceros de felicidade. A infelicidade do Natal, doença generalizada, tem explicação óbvia. A depressão que invade a alma está no presente empacotado e esquecido debaixo do pinheirinho. É o Amigo Secreto que não é revelado porque ninguém pega o seu nome. Está na cara os motivos da melancolia – Natal virou fantasia. Mito, ilusão, miragem. Igual as promessas daquele que vem de trenó de um mundo imaginário, numa só noite no ano. E depois desaparece. A alegria do Natal e do ano todo, ainda bem, não depende de coisa alguma desse mundo de miséria, injustiça e ilusão. É uma alegria sem explicação. É Jesus, o único presente que não depende de dinheiro nem cartão. Natal é Cristo no coração. Marcos Schmidt- Colaboração- Pastor Adelar O. Borh- IELB
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