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Medo de cirurgia - 15/05/2019
Postada por José Pereira. Em resposta à Eu não tenho medo., postada por José Pereira.
eu tinha tanto de um dia precisar de fazer uma cirurgia, que eu preferia morrer que deixar um objeto cortante tocar meu corpo.
Mas um dia eu mesmo tratei que realizar uma cirurgia em mim mesmo. Foi num acidente que cortei a mão. Cortou veia e nervos.
Era uma 04:00 horas da tarde. Eu estava sozinho na lavoura e o sangue esguichava muito. Assim que acidentei peguei a camioneta e sai dirigindo a caminho de casa. Mas por imaginar até que horas teria sangue podia acabar peguei outro caminho. O caminho do hospital.
Mas ao pegar o caminho do hospital a camioneta falhou duas vezes. Imaginado que podia dar problemas num lugar a esmo, parei no próximo morador para pedir ajuda. O morador não pode ajudar, mas outra pessoa ajudou e as 19:00hs, sete da noite estava dentro do hospital.
O pior que cheguei no hospital todo sujo, sem dinheiro e sem documento. A recepcionista ligou para a chefe, que diz, se tá dentro do hospital teremos de atender.
Depois de alguns minutos chegou o médico que fez a cirurgia, ligou a veia e mandou para outro hospital para ligar os nervos. Isso aconteceu no dia 13 de Maio de 1999, dia de Nossa Senhora de Fátima.
Depois de alguns dias comecei uma peregrinação para Curitiba. eu tinha de fazer a cirurgia poque minha mão aparentemente tava perfeita, mas eu não aguentava uma xícara de café, que parecia pesar uma tonelada. Ao todo foram 9 viagens de ônibus e muitos dias na casa de minha saudosa tia.
Ganhei a primeira viagem de ida da prefeitura de Terra Roxa e a de volta do governo do estado. As outras viagem tive de pagar. Como não podia trabalhar, as vezes me faltava o dinheiro. Lembro que uma das vezes resolvi não ir por falta de dinheiro. Mas as 04 horas da tarde, entrou o dinheiro da passagem e 19:00 estava embarcando.
Na primeira viagem foi feito a consulta marcado a cirurgia. Fui para fazer a cirurgia, mas o médico falou que não podia fazer, porque o hospital passava por dificuldades financeiras e não tinha material para realizar a cirurgia.
O médico me mandou para outro hospital porque só poderia agendar uma consulta para depois de um ano. No outro hospital foi só a consulta e o agendamento da cirurgia.
No dia marcado para a cirurgia não podia comer. A gente ficava aguardando com uma fome danada. Quando era de tardinha, o médico aparecia e dizia que tinha de cancelar a cirurgia, porque havia chegado emergência. Eram pessoas acidentadas.
Marcaram outra data, lembro que era dia 12 de Setembro. Mas a tarde depois de passar fome cancelado, por conta das emergências.
Mas um dos médico falou, vou fazer a sua cirurgia amanhã. O outro retrucou. Mas amanhã não é seu dia. Mas vou fazer confirmou e me deu um documento, que levei na recepção.
Quando entreguei o documento a recepcionista perguntou quando eu havia feito a cirurgia. eu disse amanhã 13 setembro. Mas recepcionista falou. Aqui tá marcado 13 de Maio e fez um sinal em volta da orelha como se o médico estivesse louco. E me mandou de volta para o médico, para acertar o documento.
Diante da situação quase cancelei a cirurgia. Mas como 13 de Maio foi o dia do acidente e o dia da Santa, revigorei a minha fé e marquei a cirurgia.
Mas veja o que aconteceu. Era o final da tarde do dia do dia 12 de Setembro e recepcionista pediu novos documentos da prefeitura de Terra Roxa, para realizar a cirurgia no dia 13 de manhã. Não era possível.
Do lado uma mulher ouvia meu drama e disse, use o endereço de minha mãe, que mora aqui na cidade. Pensei que a recepcionista não iria aceitar. mas aceitou.
No dia 13 de setembro foi realizada a primeira cirurgia. Apesar do médico doido correu tudo bem. e foi marcado retorno para depois de 30 dias, para tirar os pinos.
Depois dos 30 dia voltei e o médico deu uma olhadinha e mandou de voltar depois de trinta dias de novo. Não concordei com o médico e pedi se o procedimento não poderia ser feito na região. Ele disse que sim e assim foi feito.
No procedimento foi contado as duas juntas das pontas de dois dedo, para que se tornasse um osso ´só, assim eu teria força na ponta dos dedos. NO outro dedo foi colocado um filete de silicone para refazer o caminho do nervo.
Dessa vez não encontrei o médico doido. perguntei o que tinha acontecido, mas não quiseram falar. Mas diante da insistência me disseram que foi tirar um repouso. fiquei ligado.
Foi marcado nova data para a continuação do procedimento. Eu pensei em não ir, porque já tava cheio da cidade grande. Também porque já podia fazer muitas coisas. Mas por causa do silicone, que eu não sabia se podia ficar no organismo eu fui.
Foi feito o procedimento, foi tirado o nervo do braço e recolocado na mão. Mas não aguentei ficar na cidade grande e quis vim embora contrariando o médico.
Em casa fiz arte e a cirurgia foi perdida e o um dedo ficou com problema. Mas para uma coisa foi bom. dizem que quando a gente aponta um dedo para o outro, aponta um dedo para Deus e três para a gente. Agora só aponto dois para mim.
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