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Temer anuncia mudanças no ensino médio e desobriga a educação física |
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Data: 23/09/2016
O novo modelo para o ensino médio, apresentado ontem pelo governo Michel Temer , flexibiliza o currículo da etapa, acaba com a obrigatoriedade de disciplinas de artes e educação física e traz um incentivo à expansão do ensino em tempo integral.
Conselho Federal de Educação Física se manifesta radicalmente contra as mudanças
As mudanças propostas serão agora levadas ao Congresso por meio de uma MP, para acelerar a tramitação legislativa.
O texto provoca a maior alteração já feita na Lei de Diretrizes e Bases da Educação , de 1996.
As mudanças terão implementação gradual nas redes de ensino dos Estados, a quem caberá definir a transição para o novo modelo.
A expectativa do governo, no entanto, é ter turmas já com a nova proposta a partir de 2018.
O novo modelo irá prever flexibilização do percurso do estudante já que hoje, todos os alunos do ensino médio devem cursar 13 disciplinas em três anos.
Com a mudança prevista na Medida Provisória, somente parte da grade, o equivalente a cerca de 1 dos 3 anos da etapa, será comum a todos e para o restante, haverá a opção de aprofundamento em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.
Ao aluno caberá a escolha da linha na qual deseja se aprofundar porém a oferta dessas habilitações dependerá das redes e das escolas.
O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio mas ao contrário do que previa a LDB, as disciplinas de artes e educação física deixam de ser obrigatórias nessa etapa, porem continuam obrigatórias apenas da educação infantil ao ensino fundamental.
Em discurso no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que a reformulação ocorre diante de um cenário de "falência do atual ensino médio", com baixo desempenho em avaliações como o Ideb e altos índices de evasão.
De acordo com o Ministro, o desempenho de português e matemática é menor hoje do que em 1997.
Segundo ele, uma comparação com o sistema aplicado em outros países mostra que o Brasil está hoje "na contramão do mundo".
Conforme Mendonça Filho, o governo deve investir cerca de 1 bilhão e meio de reais em dois anos no projeto de fomento ao ensino integral no ensino médio com a meta de atender 500 mil jovens nessas escolas de tempo integral até 2018.
Em nota distribuída ontem o Conselho Federal de Educação Física se posiciona radicalmente contra a Medida Provisória apresentada por Temer .
A entidade considera um contrassenso que no momento em que inúmeras pesquisas apontam o crescimento da obesidade e do sedentarismo infanto-juvenil, e sabendo que a atividade física é a medida mais eficaz para evitar esse mal, o Governo Federal proponha a retirada da Educação Física do Ensino Médio.
A nota diz que o Conselho Federal de Educação Física vai estruturar um esforço junto ao Congresso Nacional a fim de rejeitar a medida.
Fonte: Radio Difusora
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