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Temporal deixa 3 mortos no Rio; cidade permanece em estágio de crise |
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Data: 07/02/2019
O temporal que atingiu a cidade do Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira (6) deixou três mortos e fez a cidade amanhecer nesta quinta em estágio de crise, o mais grave em uma escala de três em situações do gênero. Houve deslizamento de terra na comunidade do Vidigal, ruas e um hotel de luxo ficaram alagados, parte de uma ciclovia colapsou e árvores caíram. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou luto oficial de três dias.
Em Barra de Guaratiba, na zona oeste da cidade, uma casa desabou na estrada da Vendinha, matando duas pessoas e deixando dois feridos. Eles foram levados para o hospital Lourenço Jorge, na zona oeste, mas seus estados de saúde são desconhecidos. Na comunidade da Rocinha, na zona sul, um deslizamento de terra matou outra pessoa.
Segundo o Alerta Rio, radar meteorológico da prefeitura, nas últimas 24h choveu na Rocinha 165 mm, o equivalente a quase o total esperado para o mês de fevereiro, que é de 199 mm. Na comunidade do Vidigal, choveu 162 mm (273 mm era o esperado para este mês).
Em razão da grande quantidade de chuva, de acordo com o Alerta Rio, há probabilidade "muito alta" de deslizamentos de terra na zona sul da cidade e "alta" na região da Barra/Jacarepaguá.
A Defesa Civil diz que ocorreram ao menos dois deslizamentos no Vidigal, que fica na zona sul, e que a área da favela está inacessível. Um ônibus foi atingido pelo desabamento de uma encosta na avenida Niemeyer, que liga o Leblon a São Conrado e é uma das principais vias de acesso entre as zonas sul e oeste. O motorista foi retirado ferido, mas duas pessoas estariam desaparecidas - autoridades não confirmam.
Também na avenida Niemeyer, parte da ciclovia Tim Maia desabou por conta do temporal. Em abril, a ressaca do mar derrubou parte da estrutura, matando dois homens de 53 e 45 anos.
Perto das 7h, chovia fraco em algumas áreas do Rio, mas a previsão é de chuva forte a muito forte nesta quinta-feira, segundo o Alerta Rio. A prefeitura recomenda à população que, caso possa, evite se deslocar pela cidade.
RUAS BLOQUEADAS
A zona sul do Rio amanheceu com dezenas de ruas bloqueadas por árvores caídas e alagamentos.
Segundo o Centro de Operações da prefeitura, a avenida Niemeyer está interditada nos dois sentidos sem previsão de liberação.
Uma árvore gigante bloqueia a rua Visconde de Albuquerque, no Leblon. Também há diversos alagamentos na região da Lagoa e Jardim Botânico. Na praia de Copacabana diversos quiosques da praia foram destruídos pelo vento.
Na Lagoa-Barra, um acidente com caminhão ocupa faixa do sentido Lagoa, altura da Estrada do Joá. Na estrada dos Bandeirantes, um acidente envolvendo um ônibus ocupa a faixa do sentido Recreio, altura de Curicica.
Na avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha foram liberadas e estão sem interdições. A estrada Grajaú-JPA está liberada no sentido Grajaú e temporariamente interditada sentido JPA. O túnel Zuzu Angel foi parcialmente liberado nos dois sentidos.
No total, segundo a prefeitura, cerca de 600 homens são empregados desde a noite de ontem nos trabalhos de limpeza e desbloqueio das vias afetadas pelo temporal.
De acordo com as concessionárias, os sistemas do metrô, trens, BTE e VLT operam normalmente, neste momento.
SIRENES ACIONADAS
Sirenes foram acionadas às 21h48, segundo a Defesa Civil, nas comunidades da Rocinha e Sítio Pai João. Os alertas indicam aos moradores o momento para desocuparem suas residências e irem para pontos de apoio.
As sirenes começaram a tocar e algumas pessoas começaram a descer. Teve muito corre-corre, a correnteza nas ruas era muito forte, arrastou geladeiras e até um carro da polícia
Disse um morador que se identificou apenas como Emílio
A chuva, que começou perto das 18h de quarta-feira, ficou mais forte a partir das 20h na zona oeste, e atingiu também a zona sul. O sistema de ônibus BRT teve suas operações paralisadas no corredor Transoeste. Das 19h às 23h44, a Defesa Civil recebeu 80 chamados para vistoria em decorrência das chuvas em vários bairros.
FORNECIMENTO DE ENERGIA E ESTRAGOS
A concessionária Light informa em nota que a cidade tem tido interrupções de energia, especialmente em trechos da zona oeste, como Barra da Tijuca e Recreio e, na zona norte, em especial na Tijuca. "Os ventos muito fortes provocam queda de objetos sobre a rede, galhos de árvores e árvores inteiras, dificultando os reparos. A Light segue trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia", diz a nota.
Luis Kawaguti, Alex Tajra, Camila Rodrigues e Luciana Quierati Do UOL
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