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Mãe de menina morta relata comportamento do marido que abusava da filha |
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Data: 30/04/2023
Mãe de menina morta relata comportamento do marido que confessou abusar da filha
A professora sabia que Givanildo já havia matado um homem e de histórico de violênc
Banda B
Kameron Odila Gouvêa Osolinski, de 11 anos. Foto: Reprodução
Casa trancada durante toda a tarde, mesmo em dias de muito calor, com um homem de 33 anos no interior, a filha de 8 meses e uma criança de 11 anos, enteada dele, que era impedida de brincar fora da residência com outras crianças da comunidade. Um padrasto possessivo e que gritava com essa enteada, e uma mãe que também a repreendia aos berros. Esses foram os relatos de vizinhos de Givanildo Rodrigues Maria à polícia.
Foram também as informações dos vizinhos que ajudaram a polícia a começar a desvendar o caso, cujo desfecho trágico foi o assassinato de Kameron Odila Gouvêa Osolinski, de 11 anos. A menina havia desaparecido na quarta-feira (26), e o corpo foi encontrado na quinta-feira (27), graças à pista seguida pelos vizinhos, que viram Givanildo saindo de carro, em alta velocidade, por volta das 14h30 do dia anterior, em direção ao Mirante, local onde o corpo foi encontrado parcialmente encoberto por folhas, apenas de calcinha.
Depois disso, com o passo a passo do caso sendo noticiado, o padrasto foi preso e levado para Antonina, onde teria afirmado que a criança foi para a casa de uma amiga fazer trabalho de escola. O fato foi negado pela família dessa amiga, onde Kameron já não ia há pelo menos dois meses.
Na delegacia, Givanildo foi ouvido pelo delegado Isaías Fernandes Machado. De lá, foi transferido para a Cadeia Pública de Paranaguá, de onde saiu com alvará de soltura na noite de sexta (28). No entanto, neste sábado (29) pela manhã, ele chamou a polícia e pediu para voltar para a prisão, confessando que havia matado a menina.
Já na delegacia, em depoimento ao delegado Nilson Diniz, ele declarou que estuprou Kameron, a matou e ocultou o corpo em seguida. Ele afirmou, nessa nova declaração, que havia sido a primeira vez que cometeu o ato com a criança, que resistiu, e ele a asfixiou para conseguir consumar a relação sexual. Ao perceber que havia matado a enteada, colocou o corpo no carro e o escondeu na área de mata.
Depois disso, Polícia Civil e Ministério público pediram que a Justiça decretasse a prisão preventiva de Givanildo, na tarde deste sábado (29).
Vários sinais
Muitas marcas de pegadas de sapato sujo de barro e mato. Foi assim que a mãe de Kameron, a professora Mayrah Merilin Dorigon Gouvea, 30 anos, encontrou a sala de casa na quarta-feira (26), ao voltar da escola onde trabalha. Ela afirmou, em depoimento à polícia, que não desconfiou de nada quando chegou em casa naquele dia, que foi o da morte da filha mais velha.
Mayrah disse ao delegado de Antonina que apenas reclamou com o marido devido ao ambiente estar sujo, mas limpou a sala para que a filha do casal, de apenas oito meses, pudesse ficar no local. A professora foi ouvida na delegacia de Antonina já na madrugada de sexta-feira (28), após o corpo de Kameron ser localizado.
O JB Litoral, parceiro da Banda B, teve acesso ao depoimento e revela detalhes do que contou a mãe da criança.
Mayrah afirmou que ela e Givanildo se conheceram há 15 anos, ela com 16 e ele com 19, que queriam namorar, mas sua mãe não deixou. O casal se reencontrou depois que ambos já tinham filhos e estavam separados, quando começaram a namorar e a morar juntos, há dois anos e sete meses, e têm uma bebê de oito meses.
A professora detalhou que a rotina dela é trabalhar das 13h às 17h, em escola perto de casa, no mesmo bairro, em Ipanema do Norte. Kameron estudava pela manhã e chegava em casa minutos antes da mãe ir trabalhar. Ela cuidava da irmãzinha enquanto o padrasto levava a mãe para a escola, de carro. Depois, Kameron ficava em casa durante a tarde, com a bebê e o padrasto.
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