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Comandante da PRE de Maringá está entre os presos da Operação Força e Honra |
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Data: 14/07/2021
A Operação Força e Honra foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 14, em 18 cidades. Foram cumpridos 56 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva. Os presos são 14 policiais militares rodoviários que atuavam em postos do noroeste do Paraná e são suspeitos de envolvimento em um esquema de cobrança de propina. Entre eles está o comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Maringá, Rodrigo dos Santos Pereira.
Durante a ação, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal de Campo Mourão, porque um dos presos é um vereador, Sidney Ronaldo Ribeiro (PSD), dono de uma loja de eletrônicos.
A Câmara Municipal emitiu uma nota informando que a prisão não tem qualquer relação com o Legislativo. O vereador é suspeito de vender na loja dele mercadorias que os policiais recebiam como propina.
A Operação Força e Honra apura crimes de concussão, corrupção passiva, peculato, prevaricação, falsidade ideológica, lavagem de ativos e eventual receptação realizados por organização criminosa.
A principal suspeita é de um esquema de propinas cobradas sistematicamente por policiais rodoviários para liberar a passagem de veículos com mercadorias estrangeiras sem pagamento de impostos e até se investiga a facilitação para o tráfico de drogas.
Para desvendar o esquema, os núcleos Gaeco de Maringá e Gepatria de Umuarama, do Ministério Público, tiveram acesso a dados telefônicos e bancários dos investigados.
A promotora de Justiça Juliana Costa explica que o esquema de cobrança de propina era sistemático. Os pagamentos eram feitos mesmo sem abordagem. “Compristas efetuavam os pagamentos quase que sem haver necessidade de abordagem em razão de que já tinham conhecimento disso e buscavam evitar uma apreensão ao longo da rodovia. Então, de antemão, já se parava no posto, antes, inclusive, da própria viagem e compra dos equipamentos, porque já sabiam da existência desse esquema”, detalha.
A investigação começou em agosto de 2020, após a Corregedoria da Polícia Militar receber a denúncia de uma vítima. Por isso, o comandante geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, acompanhou a ação em Maringá nesta quarta-feira.
Segundo ele, para transmitir a mensagem de que os maus policiais serão punidos e os bons valorizados. “Para a Polícia Militar, é uma questão de honra. Com a operação, haverá uma movimentação a nível do batalhão de polícia rodoviária, as pessoas serão modificadas, alteradas. O patrimônio [dos investigados] é incondizente com a realidade atual do policial militar, independentemente do posto ou da graduação. Também foi apreendida uma quantia em espécie que não é condizente com a situação. Com alguns policiais foram apreendidos R$ 4 mil em espécie, [com eles] saindo de serviço. Uma equipe foi presa com R$ 43 mil em espécie, também foi pega uma máquina de contar dinheiro”, diz Teixeira.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado do comandante da PRE em Maringá, preso na operação. O advogado do vereador de Campo Mourão disse que o cliente foi surpreendido com a acusação e prisão e irá colaborar com as investigações.
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