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Impacto da seca vai além da falta de água: prejudica agricultura, saúde e agrava riscos de incêndios |
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Data: 25/08/2021
o Paraná, as perdas provocadas pela estiagem repercutem em toda a cadeia alimentar. Sem chuvas significativas no momento do plantio de grãos, muitos produtores atrasaram a semeadura, fazendo com que a produção sofresse impacto de pragas e de geadas fora dos ciclos convencionais.
A quebra na produção de milho foi de 58% na segunda safra em relação ao mesmo período da cultura no ano passado. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a estimativa inicial era colher 14,6 milhões de toneladas de milho em 2,5 milhões de hectares no estado. Sem chuvas suficientes, os agricultores paranaenses colheram 6,1 milhões de toneladas na mesma área plantada. Isso significa um prejuízo de R$ 12 bilhões na economia.
O chefe do Deral, Salatiel Turra, explica que como consequência o grão está 124% mais caro do que no ano passado, com reflexos na criação de frango, peixe e porco. “O milho é a principal proteína na produção de frango, por exemplo. Os produtores terão que importar o grão, causando impacto no preço dos alimentos para o consumidor final”, afirma.
Maior produtor de feijão no país, o Paraná também viu diminuir em 48% a colheita das duas primeiras safras deste ano. Das 539 mil toneladas esperadas, foram colhidas 282 mil toneladas. “Estamos vivendo uma das piores secas dos últimos tempos, com redução bastante significativa na produção e na produtividade agrícola. Os produtores rurais ficam descapitalizados e diminuem o consumo, impactando toda a economia”, diz Salatiel Turra.
SAÚDE – O tempo seco contribui para o ressecamento da mucosa das vias aéreas, o que acaba facilitando o surgimento de alergias, asma, bronquite, dermatites, gripes e resfriados. E como consequência infecções bacterianas secundárias como pneumonia, sinusite, otites e laringites, segundo o pneumopediatra José Orlando Nonino, de Londrina. Como prevenção às doenças respiratórias, o médico indica boa alimentação e a ingestão de água regularmente. "A criança deve receber líquidos várias vezes ao dia. Esses líquidos podem ser o leite, o suco, mas, principalmente, água".
Ele aconselha também o umidificador de ambientes, mas, preferencialmente, o uso de uma toalha úmida na janela, cabeceira ou cadeira perto da cama do quarto de dormir.
Os idosos também sentem mais os efeitos da estiagem. Rinite, sinusite e asma acometem mais esse público neste período, ou se agravam com a baixa umidade do ar, segundo a geriatra Cristina Ferreira Lima Disconzi, de Guarapuava.
"Problemas das vias aéreas superiores se tornam mais comuns. Em relação aos idosos, é preciso ficar atento à hidratação. A falta de água no organismo causa alterações renais, infecções urinárias e até o que chamamos de delirium, uma confusão mental ou mudança de comportamento devido à ocorrência de infecções", alerta a geriatra.
EFEITOS CLIMÁTICOS - As mudanças do clima, que estão afetando todas as regiões do mundo, não têm precedentes – segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) ao divulgar no início de agosto o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Este é o mais importante relatório sobre ciência climática dos últimos sete anos, recolhendo estudos compilados por pesquisadores do mundo todo.
Os efeitos são eventos climáticos extremos mais frequentes e mais severos como ondas de calor, chuvas fortes e secas em todas as partes do mundo. Segundo o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Lincoln Alves, que trabalhou no relatório, as observações das últimas décadas mostram que o clima do Brasil está mudando.
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