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UFPR afasta 25 estudantes suspeitos de aplicar trote violento no campus de Palotina |
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Data: 05/04/2022
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) afastou 25 estudantes de medicina veterinária do campus de Palotina, no oeste do Paraná, nesta terça-feira (5).
Eles são suspeitos de aplicar trote que causou queimaduras em mais de 20 calouros com líquido ainda não identificado que estava em embalagem de creolina, um produto de uso veterinário.
De acordo com a UFPR os alunos foram preventivamente afastados pelo prazo de 30 dias para apurar os fatos. Em vídeo divulgado nesta terça-feira (5), o reitor da instituição, Ricardo Marcelo da Fonseca, afirmou que todas as medidas estão sendo tomadas para que esse tipo de situação não volte a acontecer e que a recepção de novos alunos deve ser com ações de solidariedade.
"Eu nunca vi algo desse jeito, pelo contrário, a gente estava orientando muito de perto todos os centros acadêmicos, para acabar com qualquer forma de violência em trotes. [...] Vamos insistir que a repeção dos estudantes, no máximo, deve ter solidariedade.
O nosso trote solidário envolve pinturas de muros, doação de sangue [...] e acabar de uma vez por todas, a partir deste incidente lamentável, com situação de violência na recepção de estudantes," frisou o reitor da UFPR.
O trote:
O trote com os calouros aconteceu na noite de quarta-feira (30) em um terreno baldio há menos de 100 metros da entrada do campus de Palotina da UFPR.
Conforme a Polícia Civil, as vítimas relataram que, inicialmente, tiveram que pedir dinheiro pelas ruas da cidade. Depois, o grupo foi levado ao terreno e foi obrigado a se ajoelhar.
Imagens mostram os calouros também ajoelhados passando uma cebola de boca em boca. Lá, o produto que provocou as queimaduras teria sido derramado sobre os estudantes.
O episódio foi relatado à polícia ainda na mesma noite. Segundo o Hospital Municipal de Palotina , para onde foram levados os alunos feridos, eles tiveram queimaduras de 1° e 2° grau.
Uma aluna, segundo a instituição, chegou a inalar o produto e desmaiou. Dos 21 estudantes que foram encaminhados ao hospital, 20 foram liberados ainda na noite de quarta. A jovem que inalou o produto, segundo o hospital, ficou em observação e teve alta na quinta.
A Polícia Civil investiga o caso e também apura os crimes de tortura e cárcere privado, caso os calouros tenham sido obrigados a permanecer em algum local, por exemplo.
Suspeitos presos foram liberados:
No dia seguinte ao trote, quatro estudantes entre 21 e 23 anos foram presos em flagrante suspeitos dos crimes de lesão corporal grave e constrangimento ilegal. Na sexta-feira (1º), três deles foram soltos após cada um pagar fiança de R$ 10 mil.
Os suspeitos que foram soltos saíram com monitoramento de tornozeleira eletrônica.
A quarta suspeita foi solta no domingo (3).
Segundo o advogado dela, Gustavo Sabino Teixeira, a indiciada conseguiu o habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) porque não tinha condições financeiras de pagar a fiança.
G1
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