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Sobrevivente de explosão em Palotina conta os momentos da tragédia |
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Data: 30/07/2023
Irmão da vítima é um dos socorristas que chegou para atender
Fabiano Mota Cardoso, de 35 anos, é um dos sobreviventes da explosão na cooperativa de Palotina. Neste sábado (29), três dias da tragédia, estava previsto que receberia alta hospitalar porém o tempo de tratamento na unidade foi estendido.
Nas palavras de Fabiano, a quarta-feira (26) era um dia normal de trabalho que começou às 7h. Ele é trabalhador terceirizado da empresa e atuava no setor de expedição, mesmo que o de Saulo, brasileiro que morreu na explosão, e carregavam caminhão que levaria soja para Paranaguá.
"Olhei para fora, estava aquele tempo meio nublado, no meu ver foi como se um raio tivesse caído. Depois disso senti uma queimação do meu pé até a cabeça e não consegui respirar. Escutei a explosão e já acordei no chão junto com o Paulo abraçado comigo no chão", relembra o momento da tragédia. Ele conta ainda que percebeu que Paulo, o colega de profissão, não estava acordado e nem respirando então começou a gritar para fazê-lo voltar e chamou pelo socorro. O primeiro a chegar para atender, foi o irmão de Fabiano, que integra a equipe de socorristas da cidade. Logo depois, o Samu foi acionado, uma das primeiras pessoas a serem resgatadas foi Márcio, que também estava na sala de expedição, junto com Fabiano e Saulo.
O engenheiro agrônomo, que é formado pelo Centro Universitário FAG, estava próximo da mesa em que fazem a classificação e amostragem dos grãos, reflete que se estivesse em outra posição diferente poderia ter morrido. Ainda descreve que consegue se colocar no lugar dos colegas que morreram.
O sobrevivente sofreu machucados na coxa e uma perfuração próxima da bacia. "Eu nasci novamente, segunda vez já". Ele reforça a gratidão por estar vivo "Só tenho que agradecer a Deus por mais esse livramento". Durante a entrevista para a CATVE que o dia da tragédia também é a data de aniversário da mãe, que completou 53 anos, e vão comemorar duas vezes agora.
Depois que receber alta, os planejamentos estão focados em passar tempo com os familiares e tentar esquecer os momentos aterrorizantes. "Eu vou dar a volta por cima disso tudo", afirma.
Por Catve
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