Criança acolhida morre no Hospital Universitário e caso vai parar na polícia em Cascavel

Data: 06/05/2024

Família biológica quer a autópsia do corpo da menina, que era atendida pelo Programa Família Acolhedora

Por Catve

Na madrugada de segunda-feira (06), familiares registraram boletim de ocorrência para que a Polícia Civil investigue a morte de uma menina de 7 anos ocorrida durante o fim de semana em Cascavel.

A vítima era atendida pelo Programa Família Acolhedora, que auxilia crianças em vulnerabilidade social e que não podem estar sob os cuidados da família biológica. A morte ocorreu no sábado (04), no Hospital Universitário e a família biológica questiona as circunstâncias do falecimento, pois segundo a advogada da família, Marilda Miguel dos Santos, a criança estava juntamente com outros dois irmãos, afastadas do convívio familiar por razão de uma medida protetiva, e a avó buscava obter a guarda dos mesmos.

A menina morreu por volta de 1h50 de sábado e a avó teria sido avisada da morte cerca de oito horas depois pelo próprio hospital. Não há informações até momento, segundo a advogada sobre a causa morte, e isso motivou os familiares a confeccionarem um boletim de ocorrência exigindo respostas. A família quer a autópsia do corpo, pois fotos recolhidas no velório, apontam possíveis hematomas em um dos olhos, perfuração sobre o lábio superior e lesão no crânio e tórax.

"Não é possível afirmar se de fato há alguma agressão, até que seja feito o exame cadavérico. Estaremos dando andamento no Nucria para pedindo a exumação em busca da comprovação da causa morte", diz Marilda Miguel.

A advogada diz não ter informações se de fato o corpo foi levado ao IML. Conforme Marilda, as informações são desencontradas e que o velório não foi estendido para que a avó da criança, que mora no Rio Grande do Sul, pudesse acompanhar o funeral e que, segundo o que a defesa aponta ter ouvido da Acesc, o Conselho Tutelar teria destinado apenas uma hora para o velório.

Marilda diz ainda que a família acolhedora não compareceu ao velório e que os irmãos biológicos, uma menina de 5 anos e um menino de 3, que também eram acolhidos na mesma casa, não foram levados para a despedida.




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