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Governador aguarda decisão do STF para solucionar conflito agrário em Terra Roxa |
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Data: 12/09/2024
Problema histórico por demarcação de terras se intensificou neste ano
Uma frente parlamentar de deputados federais deve pedir autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Governador Ratinho Junior possa realizar a reintegração de posse em Terra Roxa, no oeste do Paraná. A informação foi concedida pelo Governador em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (11).
"Nós estamos aguardando e a gente espera que, se caso a Justiça fizer isso [acatar a solicitação dos deputados], nós vamos cumprir a missão que é a de colocar ordem", afirma.
O Governador disse ainda que mantém contato frequente com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o secretário-executivo da pasta, Manoel Carlos de Almeida Neto, com a intenção de solucionar o problema histórico de demarcação de terras na região.
POLICIAL DA FORÇA NACIONAL FEITO REFÉM
Na última sexta-feira (6), um dos policiais da Força Nacional foi feito refém e teve o fuzil roubado enquanto monitorava o conflito entre indígenas e proprietários de áreas agrícolas.
O caso aconteceu na Fazenda Brilhante, invadida no começo de julho, propriedade arrendada para o cultivo de grãos. Além da fazenda, outras oito propriedades rurais foram invadidas na região oeste. A situação preocupa as autoridades agrícolas da região.
CONFLITO HISTÓRICO
Em reuniões com os Ministros da Justiça e Segurança Pública e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, no final do mês de julho, o Governador Ratinho Junior já havia reforçado a necessidade de buscar respostas rápidas às invasões indígenas nas cidades que fazem fronteira com o Paraguai.
O Sindicato Rural de Terra Roxa emitiu uma nota afirmando que, desde 1902, a região entre Terra Roxa e Guaíra não abrigava qualquer etnia Guarani, sendo que um ex-vereador de Cascavel, segundo a nota, foi quem introduziu seis famílias no início dos anos 2000, no local conhecido como Porto dos Pecadores.
O ex-vereador repudiou tais informações, consideradas por ele como levianas. Ele também destacou que a região é cortada pelos rios Piquiri e Paraná, ambos com nomes indígenas, e que tem um sítio arqueológico do século XVI com presença indígena comprovada, rebatendo a nota do Sindicado Rural de Terra Roxa de que não havia indígenas na região.
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