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Polícia Federal cumpre mandados de busca em operação contra corrupção em Marechal Rondon e diversas outras cidades |
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Data: 05/11/2024
Operação Rolo Compressor, deflagrada em 2022, teve continuidade nesta terça-feira (05)
Por Catve com Polícia Federal
Foi continuada a Operação Rolo Compressor na manhã desta terça-feira (05), com o cumprimento de mandados em diversos municípios, incluindo três em Cascavel. O objetivo de desarticular esquema de corrupção, licitação fraudulenta e desvios de recursos públicos envolvendo funcionários públicos vinculados à Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Paraná (DNIT/PR). A ação de hoje é uma continuação de operação deflagrada em janeiro de 2022.
A investigação apontou que, entre 2011 e 2022, funcionários públicos do DNIT perceberam valores ilícitos de empresas que mantinham contratos com o poder público.
"A Operação Rolo-Compressor apurou irregularidades que ocorreram dentro do DNIT. Servidores aprovavam obras rodoviárias superfaturadas ou com outras irregularidades.
A Receita Federal, após o afastamento do sigilo fiscal dos envolvidos, realizou um trabalho de avaliação patrimonial. Nesse trabalho, foi possível constatar que servidores do órgão detinham um patrimônio não compatível com a renda por eles aferida.
Como, por exemplo, um engenheiro do órgão tinha um patrimônio declarado de R$ 100 mil. Após 10 anos, esse patrimônio passou a R$ 2,9 milhões, um aumento de 29 vezes.
No trabalho realizado pela Receita Federal, também foi observado que empresas associadas aos servidores envolvidos eram de fachada, não detinham capacidade operacional e nem funcionários, e eram utilizadas simplesmente para a lavagem do dinheiro".
Também foram identificadas fraudes em procedimentos licitatórios, celebração de contratos com graves falhas, inexecução significativamente lesiva ao erário público e atos de corrupção, especialmente quando da supervisão e fiscalização das execuções das obras contratadas pelo DNIT/PR. Uma série de atos de lavagem de dinheiro foram praticados para acobertar a movimentação dos recursos ilícitos gerados pelas práticas dos crimes antecedentes.
A operação contou com a participação de aproximadamente 239 Policiais Federais, 12 Auditores-fiscais e Analistas-tributários da Receita Federal e servidores da Controladoria Geral da União que cumpriram, ao todo, 54 mandados de Busca e Apreensão. As buscas ocorreram nos Estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo e no Distrito Federal.
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